Igor Morbeck (foto), oncologista do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, participou da II Semana Brasileira da Oncologia, com apresentação que discutiu o câncer de próstata oligometastático. Acompanhe a síntese da apresentação.
Por Igor Morbeck, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, membro do LACOG-GU e da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)
O câncer de Próstata oligometastático define um fenótipo biologicamente distinto, geralmente caracterizado por até 5 diferentes sítios de metástases, representando um estágio de transição entre a doença localizada e a polimetastática, compreendendo assim um espectro de diferentes comportamentos clínicos.
A prevalência varia de maneira significativa na literatura e com o incremento de novos métodos de imagem, tal como o PET-PSMA, é provável que aumente no passar dos anos.
Historicamente, o tratamento padrão para a doença oligometastática é a hormonioterapia isolada ou em combinação com os novos agentes hormonais. Entretanto, a terapia focal (radioterapia estereotáxica) tem demonstrado melhora de desfechos, incluindo a sobrevida livre de falha em vários estudos retrospectivos. A radioterapia na próstata parece ser também vantajosa para pacientes com baixo volume de doença, conforme demostrado recentemente no estudo STAMPEDE.
Os avanços no entendimento biológico da doença oligometastática da próstata, o uso racional dos novos métodos de imagem e a conclusão de estudos prospectivos, poderão no futuro próximo, nos ajudar a racionalizar o melhor manejo deste subgrupo de pacientes, possibilitando a cura da doença em casos selecionados.
