O brasileiro Fabio Franke (foto), do Oncosite Centro de Pesquisa Clínica em Oncologia, de Ijuí-RS, é coautor de estudo selecionado para apresentação em pôster no ESMO Congress 2021, com resultados de sobrevida global e qualidade de vida dos ensaios MONALEESA 3 e MONALEESA 7 (ML-3 e ML-7), que avaliaram a adição de ribociclibe à terapia endócrina em pacientes com câncer de mama avançado HR + / HER2 negativo.
Resultados já conhecidos dos ensaios ML-3 e ML-7 demonstraram benefício significativo de sobrevida global e manutenção ou melhora da qualidade de vida (QV) com a associação de ribociclibe à terapia endócrina (RIB + TE) em pacientes com câncer de mama avançado HR + / HER2 negativo.
No ensaio ML-3 foram consideradas mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado HR + / HER2 negativo tratadas com RIB + fulvestranto (FUL) ou com FUL isoladamente. No ensaio ML-7 mulheres na peri / pré-menopausa foram tratadas com RIB + inibidor de aromatase não esteroide (NSAI) ou NSAI isoladamente. A qualidade de vida foi avaliada por questionário validado (EORTC QLQ-C30). Diferenças desde a linha de base foram agrupadas conforme sinais de melhora / manutenção dos indicadores avaliados.
Resultados
Nos estudos ML-3 e -ML-7, mais pacientes viveram mais tempo versus menos e melhoraram ou mantiveram o estado de saúde global (GHS, da sigla em inglês), incluindo domínios como dor, fadiga e diarreia. Em ML-7, o benefício na GHS foi visto para RIB vs PBO tanto em pacientes que vivem mais, quanto naqueles com menor sobrevida, com maior benefício em pacientes vivendo mais (Tabela). No ML-3, o benefício para RIB vs PBO em GHS foi observado em pacientes que vivem mais, mas não foi observado naqueles que vivem menos. Os autores descrevem benefício consistente para RIB vs PBO para dor, fadiga e diarreia em ML-7 independentemente do tempo de sobrevida. No ensaio ML-3, o benefício foi observado para RIB vs PBO para dor e diarreia, principalmente na população de segunda linha, vivendo mais.
“Em ML-3 e ML-7, os pacientes que vivem mais tempo versus os que vivem menos melhoraram ou mantiveram o estado de saúde global ao longo do tratamento. Em ambos os ensaios, RIB foi geralmente associado com maior percentual de pacientes com melhoria / manutenção do GHS em comparação com TE isolada, com maior benefício terapêutico em pacientes com vida mais longa”, afirmam os autores.
“Ribociclibe tem apresentado benefícios extendidos significativos de sobrevida global. A demonstração de manutenção e melhora da qualidade de vida são igualmente importantes, já que QV cada vez mais tem relevância como endpoint secundário em estudos clínicos oncológicos, principalmente em pacientes com sobrevida prolongada e tratamento contínuo”, conclui Franke.
Pt population, % | Mean % of pts with improved/maintained GHS |
ML-3 | |
All pts (n=631) | |
RIB (n=422) | 32 |
PBO (n=209) | 26 |
Pts living longer (n=316) | |
RIB (n=219) | 45 |
PBO (n=97) | 38 |
Pts living shorter (n=315) | |
RIB (n=203) | 21 |
PBO (n=112) | 20 |
ML-7 (NSAI cohort) | |
All pts (n=478) | |
RIB (n=242) | 35 |
PBO (n=236) | 26 |
Pts living longer (n=241) | |
RIB (n=135) | 45 |
PBO (n=106) | 34 |
Pts living shorter (n=237) | |
RIB (n=107) | 32 |
PBO (n=130) | 26 |