Onconews - O que esperar do ASH '22

HEMATONovas pesquisas relacionadas ao transplante de células-tronco e opções de tratamento que prometem impacto na oncohematologia estão entre os principais destaques da 64ª reunião anual da Sociedade Americana de Hematologia (ASH), que acontece de 10 a 13 de dezembro em Nova Orleans, em edição presencial e online.

A organização da ASH apontou pelo menos quatro estudos que enfocam os determinantes sociais e a equidade nos cuidados de saúde, valorizando outra importante vertente da edição deste ano. É o caso de estudo que discutiu critérios de inclusão na pesquisa clínica de linfoma difuso de grandes células B e constatou critérios que acabam por excluir pacientes não brancos (Abstract 850).

Outro estudo evidencia profundas desigualdades nos transplantes, revelando a correlação entre ascendência não europeia, baixo status socioeconômico e transplantes de doadores incompatíveis (Abstract 127). Os indicadores mostram que barreiras importantes ainda dificultam o tratamento curativo de parcela de pacientes.

Entre os highlights apontados pela organização do ASH`22, destaque para estudo italiano que questiona crenças históricas, mostrando que uma dieta neutropênica não diminuiu as infecções após o transplante de células-tronco (Abstract 169).

Inovações

A 64ª edição do ASH também destaca avanços e promessas da oncohematologia. A gigante AstraZeneca, por exemplo, traz estudos com oito novos medicamentos aprovados e com potencial aplicação na oncohematologia e doenças raras. Selecionado em apresentação oral, estudo de Fase II traz resultados de acalabrutinibe em combinação com lenalidomida e rituximabe em pacientes com linfoma de células do manto (Abstract #73) e dados de longo prazo corroboram o perfil de eficácia de acalabrutinibe na leucemia linfocítica crônica (Abstract # 344).

A francesa Sanofi atualiza resultados importantes do anti CD-38 isatuximabe no tratamento de pacientes com mieloma múltiplo recidivado e refratário, em diferentes combinações (Abstract# 753; Abstract#247).

Estudo selecionado como primeiro Late Breaking Abstract mostra resultados de blinatumomabe no tratamento de pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA) recém-diagnosticada, em apresentação de Mark R. Litzow, da Mayo Clinic.

Nova análise do estudo ZUMA-7 apresenta dados de pacientes com Linfoma de Grande Células B (LBCL, da sigla em inglês) tratados com Axicabtagene Ciloleucel (axi-cel) ou padrão de cuidados na segunda linha (2L) que receberam tratamento subsequente. Os resultados sugerem que o retratamento com axi-cel na 3L é viável, com respostas significativas.

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