O Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN) promove dias 18 e 19 de março o 1º Simpósio de Câncer de Mama em Passo Fundo, RS. O evento deve reunir 500 profissionais entre oncologistas, mastologistas, radioterapeutas, estudantes e médicos de diferentes especialidades para discutir as melhores práticas no controle e tratamento do câncer.
Entre as presenças confirmadas estão o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Jr., e o oncologista clínico e chefe do Grupo de Câncer de Mama do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Max Mano.
“É muito importante essa troca de experiências para promover a adequação das condutas diagnósticas e terapêuticas e dar agilidade no encaminhamento de casos de câncer de mama", afirma o oncologista Álvaro Machado, coordenador do simpósio e diretor do Centro de Tratamento de Câncer (CTCAN).
Segundo Machado, o simpósio terá foco em três diferentes públicos: ginecologistas, mastologistas e oncologistas clínicos. “Para o ginecologista teremos discussões sobre as controvérsias nas recomendações da mamografia, na tentativa de manter uma uniformidade de conduta”, afirma.
O especialista explica que no Brasil no Brasil não existe o rastreamento como política de saúde pública, e sim recomendações. “Não existe a chamada ativa das mulheres para realizar os exames na época recomendada. Na verdade, temos uma cobertura de mamografias, na melhor das hipóteses, de 60% da população-alvo. Nas áreas de pior cobertura esse número chega a 30%. E ainda enfrentamos uma diferença gritante no diagnóstico entre pacientes das redes privada e pública”, diz.
Ainda com foco no ginecologista, o evento irá abordar aspectos comportamentais, como atividade física e alimentação, e seu impacto na sobrevida da mulher com câncer de mama, e redução e manejo do risco da mulher sem diagnóstico de câncer de mama. Esses temas serão discutidos na apresentação do presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo Freitas Jr., que apresentará pesquisas que demonstraram o impacto dos hábitos de vida não apenas na qualidade de vida do paciente, mas em suas chances de cura.
Nas sessões de interesse do mastologista serão discutidas questões sobre a abordagem do linfonodo sentinela e a padronização da imunohistoquimica. “Esse tópico é importante uma vez que temos vários laboratórios de patologia, nem todos com o mesmo controle de qualidade”, explica Machado.
Oncologia clínica
Na oncologia clínica o destaque devem ser as novidades na adjuvância para doença receptor hormonal positiva, na doença HER2 positiva e as perspectivas no tratamento dos tumores triplo-negativos.
“Iremos discutir os resultados do estudo Taylor-X além de duas outras apresentações do San Antonio Breast Cancer Symposium, que trouxeram mais evidências de que a quimioterapia pode não ser necessária mesmo em mulheres com linfonodo comprometido”, diz.
As diferentes sequências de tratamento na doença avançada hormônio-positiva também estão em pauta, além da incorporação do pertuzumabe e do TD-M1 na doença HER2 positivo.
O evento contará com a participação do Oncologista Clínico no Hospital Sírio-Libanês, Professor da Faculdade de Medicina da USP e Chefe do Grupo de Câncer de Mama do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Max Mano. O pesquisador abordará as novidades do tratamento do câncer de mama triplo negativo, que corresponde a 20% dos tumores de mama. Mano também trará as perspectivas da imunoterapia nesses tumores.
O 1º Simpósio de Câncer de Mama conta ainda com a participação da patologista sênior do Laboratório Bacchi (Botucatu/SP), Sheila Wludarski; da radioterapeuta do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre, Daniela Barletta e da radiologista da Santa Casa de Porto Alegre, Fernanda Aesse Kraemer.
1º Simpósio de Câncer de Mama
Data: 18 e 19 de março
Local: Auditório Biomédico da Faculdade de Medicina – Campus II da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo (RS)
Informações: (54) 3311-3361 e http://simposio.ctcan.com.br/