“Se sabemos da importância da farmacovigilância por que ainda temos a subnotificação?”, questiona Annemeri Livinalli, farmacêutica e diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (SOBRAFO). Em vídeo exclusivo, ela destaca o papel da farmacovigilância na segurança e qualidade dos medicamentos e defende que a notificação se torne prática mais frequente no Brasil.
{jathumbnail off} Um dos problemas identificados pela Sobrafo é que a maioria dos profissionais farmacêuticos têm dúvidas sobre o que notificar. Para orientar esse processo, em 2007 a Sociedade criou, com contribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Guia para Notificação de Reações Adversas em Oncologia. De acordo com o documento, o ideal é notificar qualquer reação não descrita em bula ou na literatura. No caso de medicamentos comercializados há mais de 5 anos, devem ser notificadas as reações de graus 3 e 4, mesmo as descritas na literatura. Para medicamentos novos, comercializados há menos de 5 anos, a sociedade recomenda que qualquer reação, de qualquer gravidade, mesmo as descritas em bula e na literatura devem ser notificadas.
Annemeri explica que praticamente todas as notificações que são geradas por diversos países são enviadas para o Centro de Monitoramento de Uppsala, na Suécia, de onde também são emitidos alertas. “Eles disponibilizaram um link (vigiaccess.org) para fazer consultas sobre alertas e outras informações geradas a partir das notificações de reações adversas em diferentes medicamentos, incluindo os medicamentos oncológicos”, diz.
Além da segurança e das reações adversas, a farmacovigilância também está relacionada com queixas técnicas e desvios da qualidade com o produto. “A falta de efeito terapêutico ou qualquer afastamento dos parâmetros da qualidade exigidos para comercialização também devem ser notificados”.
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