Em setembro de 2014, a Anvisa reafirmou a norma que desde 2012 recomenda a proibição de 121 aditivos nos produtos derivados do tabaco, mas até agora a medida continua sem validade e aguarda a posição do Supremo Tribunal Federal (STF). O uso de aditivos que conferem aroma e sabor aos produtos derivados do tabaco tem o objetivo de estimular a iniciação do fumo por crianças e jovens.
{jathumbnail off}O emprego dessas substâncias é um artifício para promover sabores e reduzir a aspereza da fumaça, tornando mais atraente e palatável a experiência com o tabaco. Substâncias como mentol, cravo, chocolate ou baunilha adicionadas ao tabaco ajudam a explicar porque 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos. Para a OMS, o tabagismo é uma doença pediátrica.
Apesar da normativa da Anvisa e da recomendação de especialistas que argumentam contra o uso de aditivos, a pressão da indústria do tabaco acabou levando a decisão para o STF.
Especialistas do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) comentam o cenário atual sobre o uso de aditivos em produtos derivados do tabaco no Brasil.