Dia 17 de setembro, representantes da classe médica e de pacientes se reunirão em Brasília com políticos e autoridades públicas para discutir ações de prevenção e tratamento do câncer colorretal.
Estarão presentes na mesa durante a audiência pública o oncologista Marcello Fanelli, Diretor do Departamento de Oncologia Clínica do A.C. Camargo Cancer Center; a cirurgiã Angelita Gama, representando a Associação Brasileira de Prevenção ao Câncer de Intestino (ABRAPRECI) e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia; e Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal é o segundo tipo mais prevalente em mulheres e o terceiro em homens no Brasil, com previsão de 32,6 mil novos casos este ano.
“Estamos batalhando para que o governo priorize e crie uma linha de cuidado e atenção para o câncer colorretal. Hoje, usuários do SUS estão na fila para realizar a colonoscopia e quando descobrem um câncer, muitas vezes já avançado ou com metástases, precisam esperar muito para iniciar o tratamento e nem sempre tem os melhores tratamentos a disposição”, afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia.
Segundo Angelita Gama, presidente da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer e Intestino (ABRAPRECI), o recomendável é que todas as pessoas a partir dos 40 anos realizem anualmente a pesquisa de sangue oculto nas fezes, e a partir dos 50 anos a colonoscopia, procedimento que identifica a existência do pólipo benigno, estrutura precedente ao tumor no intestino. “Esse tipo de pólipo é de crescimento lento e leva alguns anos para se desenvolver e se transformar em câncer. Em geral, os pacientes com tumor nunca foram submetidos a exames preventivos”, explica. “Os pólipos, quando encontrados, são retirados durante o procedimento da colonoscopia. Lesões mais avançadas são encaminhados para o tratamento, de acordo com o estadiamento do câncer”.
Para Carmen Zanotto, deputada federal, o câncer colorretal ganha relevância pelo impacto e perfil epidemiológico que apresenta, e deve ser parte da agenda política do Estado. "Como presidente da Frente Parlamentar de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer propomos a Audiência Pública como uma oportunidade muito importante para expor conceitos, falar sobre a doença, enfatizar a importância da prevenção aos fatores de risco e do diagnóstico precoce”, esclarece a deputada.
Mais informações: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1671835