Onconews - Brasileiros participam de estudo inovador em câncer de próstata

ASCO_prostata_1.jpgUm estudo publicado na revista PNAS (Proceedings of the National Academy of Science), mostrou que o PCA3, um marcador específico de câncer de próstata que acaba de ser aprovado pelo FDA e em breve substituirá o PSA, interage com o gene PRUNE2 e com proteínas presentes no tumor tornando possível identificar sua agressividade e determinar terapias mais eficazes.

Iniciado há mais de cinco anos no M.D.Anderson Cancer Center, em Houston, EUA, por um grupo de pesquisadores de diversos países, o estudo contou com a participação dos brasileiros Wadih Arap e Renata Pasqualini, hoje da Universidade do Novo México, e a equipe de Emmanuel Dias-Neto, do A.C.Camargo Cancer Center, associados a pesquisadores do Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer, de San Diego, Califórnia.
 
Os autores demonstraram em modelos animais o êxito em reduzir o tamanho dos tumores de próstata. "Vimos que se aumentarmos a ação da PRUNE2 os animais desenvolvem tumores menores. Desde que o PCA3 foi aprovado pelo FDA é a primeira vez que uma função como biomarcador clínico foi descoberta", destaca Wadih Arap.
 
Segundo o cientista Dias-Neto, outras duas proteínas fazem parte do mesmo complexo – P54 e ADAR1 – e também podem ser valiosas para a concepção de novas estratégias terapêuticas. "Ao desvendarmos um complexo envolvendo três proteínas e um RNA aumentamos tremendamente o nosso arsenal de possíveis alvos terapêuticos para este câncer”, diz. O PCA3 é uma molécula específica e muito relevante na gênese do câncer de próstata. Quando se associa a este novo gene que suprime tumores (PRUNE2) ocorrem alterações nos RNAs promovidas pelas proteínas associadas, o que leva ao descontrole da multiplicação celular e ao câncer. “Se formos capazes de impedir a formação deste complexo conseguimos combater o tumor de modo muito eficiente", explica.

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