A Sociedade Brasileira de Mastologia está realizando um estudo para identificar o conhecimento, a atitude e a prática das mulheres de todas as regiões do país sobre o câncer de mama. O lançamento oficial da pesquisa, realizada em parceria com a Libbs Indústria Farmacêutica, acontece dia 11 de abril, durante o XXII Congresso Brasileiro e IX Simpósio Internacional de Mastologia, no Rio de Janeiro.
O objetivo do estudo é contribuir com os órgãos responsáveis pela Saúde Pública na formulação de políticas mais eficientes, além de promover ações de conscientização para que a população tenha condições de contribuir de maneira ativa no diagnóstico precoce.
Serão avaliados dados demográficos sobre o conhecimento dos participantes em relação aos sinais, sintomas e fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama; formas de diagnóstico e tratamento da doença; profissionais envolvidos nas etapas de rastreamento, diagnóstico e tratamento, assim como as entidades envolvidas na prevenção e controle do câncer de mama. O trabalho também vai avaliar o conhecimento das participantes quanto aos direitos legais dos pacientes e sobre as campanhas e ações educativas voltadas ao diagnóstico precoce do câncer de mama.
"Este é o primeiro levantamento nacional da Sociedade Brasileira de Mastologia junto às mulheres. Considerando que a falta de informação atrapalha o reconhecimento dos sinais e sintomas, o que pode atrasar a busca por atendimento médico por parte dos pacientes e, consequentemente, dificultar o tratamento, queremos analisar o conhecimento em relação ao câncer de mama em mulheres brasileiras e, a partir do resultado dos questionários, direcionar como a sociedade médica e governos podem focar os esforços de forma mais eficaz", explica o mastologista responsável pelo estudo, Antônio Luiz Frasson, presidente da SBM. "Isso vai ao encontro das Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil", acrescenta.
De acordo com dados de pesquisadores da SBM, o acesso das mulheres com alterações clínicas ou radiológicas ainda é o principal gargalo e precisa ser facilitado no Brasil. Entre o início dos sintomas e/ou percepção da alteração no exame, as mulheres chegam a levar de 6 a 12 meses para procurar o especialista por falta de disponibilidade, sobretudo no serviço público. Há muita dificuldade para agendar consulta com o mastologista, assim como para realizar mamografia, biópsia e cirurgia, já que os sistemas de regulação dos estados são complexos e obrigam as mulheres a ficarem aguardando em casa por um telefonema. Esse quadro colabora para o alto índice de casos avançados (de 50% a 60%) atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que dificulta a cura e a redução da mortalidade.
Podem participar do estudo mulheres acima de 18 anos. Para responder o questionário, acesse o link https://lnkd.in/d343z9W.