Os resultados no uso da hadronterapia, um tipo de tratamento para câncer menos agressivo do que a radioterapia, serão apresentados por Fernando Ferroni, Presidente do Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália, no colóquio "Aceleradores de Partículas: uma Nova Ferramenta Contra o Câncer".
Promovido pela Comissão de Pesquisa do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), o evento acontece dia 11 de novembro, às 16 horas, no Auditório Abrahão de Moraes, do IF-USP. A entrada é gratuita e não é preciso fazer inscrição.
"Nosso objetivo é divulgar o trabalho que está sendo feito na Itália, entender os avanços e promover a troca e difusão de conhecimento ", destaca o professor do IF-USP, Mario José de Oliveira.
É possível enviar perguntas ao palestrante previamente ou durante a apresentação pelo e-mail
A técnica
Baseada no uso de fótons, a radioterapia é utilizada em praticamente todos os grandes hospitais do mundo para o tratamento de câncer. Contudo, existem outras partículas, como, por exemplo, os prótons e os íons, cujo uso resulta em novas terapias para tratamento de diversos tipos de câncer. A técnica tem sido testada com sucesso no Centro Nazionale di Adroterapia Oncologica, localizado na cidade de Pavia, no norte do país.
Os feixes de prótons ou de íons liberam mais energia e permitem que se atinja um ponto - o tumor - com mais precisão do que um feixe de fótons, utilizado na radioterapia. A hadronterapia permite atingir o tumor com uma grande quantidade de energia sem danificar tanto os tecidos vizinhos. O tratamento não substitui a radioterapia convencional, mas é especialmente indicado para tumores localizados em áreas de acesso difícil e muito críticas, como pulmões e cérebro, tumores que resistem ao tratamento convencional e para tratamento de cânceres pediátricos.
Mais informações: (11) 3091-7119 /
