Onconews - Incidência de câncer colorretal em SP

Colorretal_OK.jpgUm estudo realizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a incidência de câncer colorretal entre 1997 e 2009 na cidade de São Paulo, se concentra nos distritos com melhores indicadores socioeconômicos, em especial nas áreas centrais da cidade. 

Os resultados poderão servir de apoio à definição de políticas públicas de prevenção e tratamento adequadas às especificidades da população.

A pesquisa tem como base os casos diagnosticados na população do Município de São Paulo entre 1997 e 2009, que constam do Registro de Câncer de Base Populacional de São Paulo (RCBP-SP), mantido pela FSP. “Além de descrever as taxas de incidência e de mortalidade, também foi realizada a análise da distribuição espacial, segundo os distritos, dos casos diagnosticados neste período”, afirma o pesquisador Márcio Medeiros, autor do estudo.

A média anual da taxa de incidência de câncer colorretal ajustada pela idade entre 1997 e 2009 foi de 26,7 casos por 100 mil habitantes. “Conforme dados da IARC, as taxas de incidência de câncer colorretal apresentam uma grande variabilidade mundial e seguem um padrão, com as taxas mais elevadas sendo encontradas nos países desenvolvidos e as menores nos países em desenvolvimento”, observa Medeiros. “O município de São Paulo tem taxas equivalentes as encontradas nas regiões em transição econômica.
 
Segundo o pesquisador, o estudo identificou variação geográfica na distribuição da incidência de câncer colorretal na cidade de São Paulo. “As maiores taxas são encontradas nas áreas centrais e as menores nas áreas periféricas”, ressalta. “A análise evidencia que o padrão espacial da distribuição da incidência apresenta forte associação com o padrão espacial da distribuição dos indicadores de status socioeconômico”.
 
De acordo com o pesquisador, os métodos exploratórios empregados na pesquisa podem auxiliar na definição de políticas públicas considerando as especificidades de cada distrito, incluindo aspectos geográficos, demográficos, disponibilidade e acesso a rede de tratamento.