Uma nova unidade do Hospital de Câncer de Barretos na periferia de Campinas deve ficar pronta em dois anos. O espaço será um centro de diagnóstico para homens e mulheres, terá quatro unidades móveis e um ambulatório para pequenas cirurgias. O valor destinado para a instituição é de R$ 70 milhões.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) destinou R$ 96 milhões do chamado "caso Shell" - que refere à indenização por contaminação química de solo em Paulínia, interior de São Paulo- para algumas instituições de saúde do Brasil. O valor faz parte de um acordo firmado com as multinacionais "Raízen Combustíveis S.A (antiga Shell) e Basf S.A.
Além do Hospital de Câncer de Barretos, o Centro Infantil Boldrini, de Campinas (SP), a Universidade Federal da Bahia/ Fundacentro, de Salvador (BA), a Fiocruz do Rio de Janeiro e de Pernambuco também serão beneficiados.
A proposta enviada ao MPT contempla pesquisa, prevenção, tratamento e educação em oncologia. A maior parte dos estudos vai acontecer na população do interior do Estado de São Paulo, beneficiando mais de 3,6 milhões de pessoas, que moram na localidade afetada pelo desastre provocado pelas empresas.
Os principais objetivos da pesquisa são realizar 350 mil exames de rastreamento de câncer no período de cinco anos, confirmar o diagnóstico de 5 mil pessoas, tratá-los de acordo com cada tumor e construir uma unidade móvel onde os jovens possam participar de atividades que envolvam estilo e hábitos de vida saudáveis e ciência.
O projeto pretende ainda construir uma unidade fixa em Campinas para a realização de exames, como o de mamografia (utilizando um mamógrafo digital) e de Papanicolaou e também tratamento para o câncer de mama; Além disso, quatro unidades móveis com mamógrafos, tomografia computadorizada e ressonância magnética para o auxílio no diagnóstico precoce da doença e um centro de pesquisa em prevenção com laboratórios equipados para realizar estudos celulares.
