Com mais de 140 integrantes, o centro de pesquisa em oncologia molecular do Hospital de Câncer de Barretos mantém 8 grupos ativamente engajados no ambiente de pesquisa para explorar um biobanco de mais de 230 mil amostras provenientes de cerca de 42 mil pacientes. Os dados foram apresentados por Rui Manuel Reis (foto), Diretor Científico e Executivo do Instituto de Ensino e Pesquisa, durante o I Meeting of Innovation in Oncology, realizado de 21 a 23 de fevereiro nas unidades em Barretos e Porto Velho, com apoio do Sylvester Comphehensive Cancer Centre da Universidade de Miami.
Reis explicou a tônica nas áreas de genômica, ensaios pré-clínicos e diagnósticos, com resultados que já começam a aparecer em diferentes publicações de alto impacto. “Nos últimos 8 anos temos investido maciçamente em tecnologias de expressão gênica, com apoio de consórcios internacionais”, esclareceu o especialista. É o caso da aliança com a plataforma The Cancer Genome Atlas (TCGA), que rendeu à instituição brasileira mais de 30 publicações em periódicos de alto impacto, além do apoio do consórcio HeadSpace para a pesquisa de mutações germinativas em câncer de mama.
Outra aliança estratégica do IEP foi com o The International Cancer Genome Consortium (ICGC), especialmente para a caracterização genômica de 100 casos de melanoma atendidos em Barretos. “Identificamos que a mutação mais prevalente nessa população foi em BRAF, o que permitiu orientar as estratégias de tratamento para esses pacientes”, ilustrou Reis. “Agora, o grande desafio é a manutenção. Só existe evolução com formação”, disse. “Nosso objetivo é formar pesquisadores para trilhar um caminho de sucesso e avançar na pesquisa brasileira”, sinalizou.