Onconews - Biofarmacêuticas: 800 novos medicamentos para o tratamento do câncer

grafico1_biofarmas.jpgAs empresas biofarmacêuticas dos Estados Unidos desenvolvem atualmente cerca de 800 novos medicamentos e vacinas para o tratamento do câncer, de acordo com um novo relatório divulgado no dia 6 de outubro pela Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (PhRMA).

O relatório reconhece o grande progresso alcançado nas últimas duas décadas, quando os avanços da biologia molecular e da genômica permitiram compreender melhor a complexidade do câncer e impactaram não apenas o conhecimento sobre a doença e sua heterogeneidade, mas também a forma de conduzir pesquisa e desenvolvimento na oncologia.
Segundo o documento da PhRMA, 3.137 estudos clínicos em oncologia estão em andamento nos Estados Unidos, dos quais 1.824 em fase de recrutamento de participantes. Em média, cada pesquisa consome cerca de US$ 1,2 bilhão e leva de 10 a 15 anos até alcançar um resultado que chegue ao mercado sob a forma de um  medicamento.
Entre as novas armas terapêuticas, são encorajadores os estudos com um anticorpo monoclonal humanizado em câncer colorretal metastático, por exemplo, além de um inibidor de tirosina-quinase que tem revelado atividade promissora no câncer de fígado. A PhRMA também destaca os estudos com os inibidores de checkpoint, como o anti PD-1 em câncer de pulmão, e o papel de drogas cada vez mais seletivas, como os inibidores de MEK no tratamento do melanoma.
Os progressos no tratamento do câncer representam também um novo paradigma na prática clínica. De acordo com a IMS Health, o uso de drogas-alvo entre os oncogistas americanos passou de 11% em 2003 para 46% em 2013.
Apesar dos avanços, vale lembrar que o câncer continua como a segunda causa de morte nos Estados Unidos, responsável por um em cada quatro óbitos no país.