Estudo publicado dia 02 de outubro na Clinical Cancer Research mostrou que variantes de significância desconhecida (VUS) foram capazes de predizer taxa de resposta, sobrevida livre de progressão e sobrevida global aos inibidores de checkpoint imune, em testes feitos a partir de biópsia líquida (ctDNA). Khagi e colegas avaliaram amostras de 69 pacientes com diversos tipos de câncer tratados com inibidores de checkpoint imune. A biópsia líquida foi analisada por um painel multigênico (54-70 genes) por sequenciamento de próxima geração (NGS).
As taxas de doença estável (DE) ≥6 meses, resposta parcial e resposta completa (PR, CR), sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) foram avaliadas com base nas alterações totais e de VUS, as variantes de significado desconhecido.
Resultados
O benefício estatisticamente significativo na SLP foi associado com maior número de alterações em variantes de significado desconhecido (VUS > 3 alterações versus VUS ≤ 3 alterações), doença estável ≥6 meses, resposta completa e resposta parcial de 45% versus 15%, respectivamente (P = 0,014).
Resultados semelhantes foram observados na presença de VUS ≥6 vs.<6. A melhoria estatisticamente significante na sobrevida global também foi associada ao número de alteração de VUS.
A análise aos dois meses mostrou que os respondedores versus não-respondedores com VUS> 3 tiveram SLP mediana de 23 meses contra 2,3 meses (P = 0,0004).
As conclusões do estudo mostram a associação entre o número de alterações em biópsias líquidas e a resposta à imunoterapia baseada em inibidores de checkpoint.
Novos estudos a partir da biópsia líquida são necessários para validar o ctDNA hipermutado como biomarcador preditivo.
Referências:
Hypermutated Circulating Tumor DNA: Correlation with Response to Checkpoint Inhibitor–Based Immunotherapy
DOI: 10.1158/1078-0432.CCR-17-1439 Published October 2017
Clin Cancer Res; 23 (19); 5729-36