As vacinas contra o câncer são foco crescente da pesquisa clínica e a administração intratumoral da vacina tem o objetivo de ativar uma resposta imune mediada por células T. Estudo liderado por Sanjiv Gambhir, professor e coordenador do departamento de radiologia da Universidade de Stanford, utilizou um traçador de PET (64Cu-DOTA-AbOX40) para captar imagens sobre a dinâmica da ativação de células T após a vacinação in situ.
Os resultados mostram que a imagem do OX40 foi capaz de prever as respostas do tumor com base na captação do traçador, indicando que o 64Cu-DOTA-AbOX40 é um candidato promissor para monitorar estratégias de imunoterapia no tratamento do câncer.
Uma vez injetado, o traçador vasculha todo o corpo, incluindo o sistema imunológico, em busca de células T programadas para matar o câncer - mas apenas aquelas carregadas com OX40. Após o encontro, o traçador se liga ao OX40 compondo um complexo radioativo que é visível em uma tomografia por emissão de pósitrons, revelando apenas células que foram ativadas com sucesso, prontas para atacar o tumor.
Neste estudo, o composto foi testado em modelos animais e identificou com precisão superior a 90% as células T ativadas. Os autores observam que a molécula de 64Cu-DOTA-AbOX40 é um transmissor radioativo e que seu poder de rastrear não se limita à oncologia. “Como o traçador pode sinalizar qualquer célula T ativada, ele é também uma ferramenta poderosa para o rastreio de doenças autoimunes”, sugerem.
O estudo foi publicado on-line dia 14 de maio no Journal of Clinical Investigation.
Referência: Imaging activated T cells predicts response to cancer vacines - Sanjiv S. Gambhir et al - J Clin Invest. 2018 May 14. pii: 98509. doi: 10.1172/JCI98509. [Epub ahead of print]