Resultados do estudo EURO SKI mostram que critérios clínicos e biológicos podem predizer a proporção de pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) que mantêm resposta molecular e ficam livres de recidiva depois de interromper o tratamento com inibidores de tirosina-quinase (TKI). Os dados foram apresentados na 21ª conferência anual da Associação Europeia de Hematologia (EHA) na sexta-feira, 10 de junho (Abstr S145).
Trabalhos anteriores já indicavam que de 40% a 60% dos pacientes mantiveram resposta à terapia depois de interromper o uso de TKI. Agora, o EURO SKI corrobora as evidências, com o maior estudo já realizado com o propósito de avaliar a interrupção de inibidores de tirosina-quinase em pacientes com LMC.
Sobre o estudo
O European Stop Tyrosine Kinase Inhibitor Study (EURO-SKI) inscreveu 868 pacientes de 61 centros, em 11 países europeus. Os pacientes selecionados haviam recebido pelo menos três anos de terapia com TKI e apresentado resposta significativa (MR4) ao tratamento durante pelo menos um ano antes de entrar no estudo. Somente os pacientes que não falharam ao tratamento prévio com TKI foram incluídos.
Os resultados mostram que 62% dos pacientes ainda mantiveram resposta molecular (MMR) 6 meses após a interrupção da terapia com TKI e 56% continuaram com excelente resposta aos 12 meses. A duração da terapia com TKI e a resposta molecular prévia (MR4) foram fatores preditivos de sucesso após a interrupção da terapia. No entanto, nem sexo, idade ou escore de risco foram associados à probabilidade de suspender com sucesso o tratamento com TKI.
Referência: Stopping Tyrosine Kinase Inhibitors in a very large cohort of European Chronic Myeloid Leukemia Patients: results of the EURO-SKI Trial – Abstract S145