O estudo IMpower133 demonstrou que a adição de 1L de atezolizumabe ao tratamento padrão com carboplatina e etoposídeo prolongou a sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com câncer de pulmão pequenas células (CPPC) em estágio extenso. “Este é o primeiro estudo em 30 anos a mostrar uma melhora significativa de sobrevida no tratamento de primeira linha da doença”, afirmou Stephen V. Liu, professor associado de medicina na Universidade de Georgetown, Washington D.C, que apresentou os resultados no WCLC 2018, em Toronto, Canadá.
IMpower133 é um estudo global fase 1/3, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, que avaliou a eficácia e a segurança do atezolizumabe 1L como terapia adjuvante ao padrão de tratamento, a combinação de carboplatina e etoposídeo, em 403 pacientes com câncer de pulmão pequenas células em estágio extenso sem tratamento prévio. Os participantes foram randomizados 1:1 para receber quatro ciclos de 21 dias de carboplatina e etoposídeo com o anti-PD-L1 atezolizumabe ou placebo. O tratamento foi seguido por terapia de manutenção com atezolizumabe ou placebo até a toxicidade intolerável, evidência de doença progressiva (definida por RECIST) ou perda de benefício clínico.
O estudo atingiu os endpoints co-primários de SG e SLP avaliado pelo investigador. A incidência de eventos adversos relatada foi classificada de acordo com a quarta versão da Common Terminology Criteria for Adverse Events, do National Cancer Institute. Nenhum novo sinal de segurança foi identificado, e os eventos adversos relacionados ao sistema imunológico foram semelhantes aos observados com atezolizumabe em monoterapia.
"O padrão de tratamento para o câncer de pulmão pequenas células em estágio extenso permaneceu inalterado por décadas, o que contribuiu para resultados inaceitavelmente ruins", disse Liu. “Esses resultados representam um momento emocionante para a oncologia, e estamos felizes em finalmente ver um progresso real no cenário do CPPC”, ressaltou.
