O inibidor de PARP olaparibe (Lynparza®, Astrazeneca) em combinação com bevacizumabe foi aprovado nos Estados Unidos para o tratamento de manutenção no câncer de ovário epitelial avançado, trompa de Falópio ou peritoneal primário, em pacientes que alcançaram resposta completa ou parcial à quimioterapia de primeira linha com platina, com tumores que apresentam deficiência de recombinação homóloga (DRH).
A aprovação da agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) foi anunciada 11 de maio e tem como base os resultados da análise de subgrupo do estudo PAOLA-1, de Fase III, indicando que o tratamento de manutenção com a combinação de olaparibe e bevacizumabe reduziu em 67% o risco de progressão ou morte da doença (HR= 0,33). A adição do inibidor de PARP melhorou a sobrevida livre de progressão (SLP), com mediana de 37,2 meses versus 17,7 meses com bevacizumabe isoladamente em pacientes com câncer de ovário avançado com DRH.
“A magnitude do benefício em pacientes com DRH no estudo PAOLA-1 é impactante. A combinação de olaparibe e bevacizumabe agora oferece às mulheres com câncer de ovário avançado positivo para DRH um novo padrão de atendimento”, disse Isabelle Ray-Coquard, em comunicado divulgado à imprensa. Isabelle é principal pesquisadora do estudo PAOLA-1, oncologista do Center Léon Bérard e presidente do grupo GINECO.
Referência: Ray-Coquard, I., Pautier, P., Pignata, S., Pérol, D., González-Martín, A., Berger, R., … Harter, P. (2019). Olaparib plus Bevacizumab as First-Line Maintenance in Ovarian Cancer. New England Journal of Medicine, 381(25), 2416–2428. doi:10.1056/nejmoa1911361