A ASCO publicou uma revisão das diretrizes do Cancer Care Ontario (CCO) para a seleção dos regimes de quimioterapia adjuvante em câncer de mama, com ou sem expressão de HER2. O guideline está na edição de julho do Journal of Clinical Oncology (vol. 34, nº 20) e teve a direção do brasileiro Antonio Wolff (foto), da Universidade Johns Hopkins.
Em mulheres com doença HER2 negativo de alto risco, os regimes de antraciclinas e taxanos são o padrão de atendimento. Na doença HER2-positivo de alto risco, o regime com antraciclina seguido de um taxano administrado com trastuzumabe ou o regime com docetaxel, carboplatina e trastuzumabe por seis ciclos integra a recomendação da ASCO.
Para mulheres com HER2 positivo com risco mais baixo, o que implica tumores pequenos e linfonodos negativos, a diretriz recomenda o esquema paclitaxel e trastuzumabe. Em todos os casos, indica-se o uso do anticorpo por 1 ano.
O painel enfatiza que a escolha da terapia adjuvante deve considerar o risco de recorrência, toxicidade e comorbidades do paciente, para uma avaliação detalhada do potencial benefício.
"Ao tomar decisões em relação à abordagem mais apropriada para o tratamento adjuvante do câncer de mama, é preciso contar com acesso a exames patológicos de qualidade para definição precisa do estágio anatômico e fenótipo tumoral, além de educar os pacientes quanto as várias opções disponíveis. Felizmente, a maioria dos pacientes diagnosticados com câncer de mama hoje em dia tem uma doença potencialmente curável, e a nossa obrigação como médico é oferecer a todos o tratamento correto para o diagnóstico correto", avalia Antonio Wolff.
Referência: Selection of Optimal Adjuvant Chemotherapy Regimens for Human Epidermal Growth Factor Receptor 2 (HER2) –Negative and Adjuvant Targeted Therapy for HER2-Positive Breast Cancers: An American Society of Clinical Oncology Guideline Adaptation of the Cancer Care Ontario Clinical Practice Guideline
JCO Jul 10, 2016:2416-2427; DOI:10.1200/JCO.2016.67.0182