Onconews - LARC participa de encontro mundial sobre câncer renal

O Latin American Renal Cancer Group (LARC) participou este ano da oitava reunião da International Kidney Cancer Coalition (IKCC), realizada de 12 a 14 de abril, no México. “Esse encontro tem a importância de reunir os maiores especialistas mundiais em câncer renal, em posição de igualdade com os pacientes, sem qualquer influência externa”, avalia Stênio de Cássio Zequi, head do LARC e urologista do AC Camargo Cancer Center, em São Paulo.

Além da participação brasileira, o 8º IKCC reuniu nomes como Michael Jewet, Daniel Heng, Eric Jonasch e Rachel Giles, ao lado de vários especialistas latino-americanos, como Francisco Rodriguez-Covarrubias, do México e Diogo Abreu Clavijo, do Uruguai.

Em um formato inédito, para leigos e experts, o evento dedicou uma tarde inteira para o debate e atualização de especialistas, o International Phisician Experts Meeting in Kidney Cancer. “Foi uma iniciativa conjunta da IKCC, da Sociedade Mexicana de Urologia e do LARC, que possibilitou a participação de muitos colegas mexicanos, urologistas, oncologistas e também de residentes, com um curso de formação e discussão de casos clínicos em câncer renal”, explicou Zequi.

No programa científico, temas como o tratamento do tumor primário e metastático, discussões de adjuvância e indicações da linfadenectomia, assim como debates sobre os limites da cirurgia parcial e radical. “O surveillance no câncer renal metastático foi outro tema interessantíssimo, em apresentação de Eric Jonasch, assim como debatemos muito imuno-oncologia hoje, que talvez não traga benefício para pacientes com tumor de bom prognóstico, mas pode ter papel no grupo de risco intermediário e alto”, lembrou Stênio Zequi, que apresentou resultados do LARC em uma análise de sobrevida com quase 5 mil pacientes não-metastáticos.

“Foi sem dúvida um encontro importante e mostrou que o problema do acesso é uma dificuldade global. Muitos países enfrentam os mesmos problemas que nós enfrentamos no Brasil e verificamos que a judicialização não é saída para tudo”, concluiu.

Leia mais: Agrotóxicos e câncer, conhecemos a realidade?