A 22ª edição do encontro anual do NCCN destacou oncogenética, imuno-oncologia e o papel do oncologista na cessação do tabagismo. O encontro foi realizado de 23 a 25 de março em Orlando, nos Estados Unidos, com a participação de 1,8 mil oncologistas. Acompanhe alguns dos highlights do programa científico.
Kenneth Offit, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, discutiu o papel da medicina personalizada em apresentação que explorou os testes genéticos para câncer hereditário: quando, como e por que. Para Offit, é possível reduzir as mortes por câncer em até 60%, prestando atenção ao risco genético, estilo de vida e fatores de risco. O especialista esclareceu que mutações específicas estão ligadas a formas comuns e raras de câncer, lembrando que painéis multi-genes podem identificar variantes genômicas e auxiliar na definição terapêutica. Offit destacou ainda as Diretrizes do NCCN de 2017, que começam a incorporar dados genéticos para guiar o rastreamento com base em riscos específicos.
Paul Cinciripini, do MD Anderson Cancer Center, discutiu como estimular a cessação do tabagismo em pacientes com câncer: avanços do tratamento e o papel do oncologista. Como fumar tem efeitos negativos sobre o tratamento oncológico, o especialista argumentou que pacientes fumantes devem receber tanto aconselhamento quanto intervenção médica para ajudar na cessação do tabagismo.
Stephanie Andrews, do Moffitt Cancer Center, discutiu o manejo de eventos adversos associados à imunoterapia e como identificá-los. A especialista discutiu a importância de considerar três áreas-chave no início dos sintomas: progressão da doença, eventos não relacionados e eventos adversos relacionados ao sistema imunológico. Stephanie também reforçou que a educação médica é indispensável para o gerenciamento de toxicidades relacionadas à imunoterapia em pacientes com câncer.
