Em edição que celebrou os 50 anos da ASCO, o Journal of Clinical Oncology publicou um artigo sobre os grandes avanços clínicos que marcaram época no tratamento do câncer do pulmão. Entre os estudos que fizeram história, o trabalho liderado por Mauro Zukin (foto), do INCA, ganhou posição merecida. “Escrevemos nosso nome na história da oncologia mundial”, resume Zukin.
Durante dois anos, a investigação acompanhou 226 pacientes com câncer de pulmão não pequenas células em estadio avançado e com baixa performance status (PS2). Ao todo, 8 centros de pesquisa no Brasil estiveram envolvidos na investigação. O resultado final demonstrou que a combinação de duas drogas aumentou significativamente a sobrevida global desse subgrupo de pacientes, que representa 30% dos casos da doença avançada. “São cerca de 200 mil vidas ao ano e até aquele momento a ciência não tinha respostas para esses pacientes, porque simplesmente não se sabia como tratar. Nosso estudo deu essa resposta e por isso é considerado um marco, incluído no rol dos avanços da ASCO nos últimos 50 anos”, esclarece o especialista brasileiro.
Estima-se que aproximadamente 1.5 milhão de pessoas são diagnosticados com câncer de pulmão anualmente no mundo. No Brasil, o INCA estima para este ano 27 mil novos casos da doença.
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