A edição de junho do JAMA trouxe os resultados da metanálise que avaliou 79 ensaios clínicos sobre o uso medicinal da maconha, com 6462 participantes. Em comparação com placebo, os canabinóides foram associados a um número maior de resposta completa a náuseas e vômitos durante a quimioterapia (47% vs 20%; odds ratio [OR], 3,82 [IC 95%, 1,55-9,42; 3 ensaios] e redução de dor (37% vs 31%; OR, [IC 95%, 0,99-2,00] 1,41; 8 ensaios).
Houve também redução média na avaliação da dor em escala de classificação numérica [ WMD], -0,46 [IC 95%, -0,80 para -0,11; 6 ensaios].
A maconha apresentou um aumento do risco de eventos adversos de curto-prazo. Os mais comuns incluíram tonturas, boca seca, náuseas, fadiga, sonolência, euforia, vômitos, desorientação, sonolência, confusão, perda de equilíbrio e alucinação.
Em conclusão, houve evidência de qualidade moderada para apoiar o uso de canabinóides para o tratamento da dor crônica e evidência de baixa qualidade sugerindo que os canabinóides foram associados a melhorias de náuseas e vômitos devido à quimioterapia. Houve aumento de risco de eventos adversos associados ao uso de canabinoides
Referência: Cannabinoids for Medical Use - A Systematic Review and Meta-analysis
Penny F. Whiting, Robert F. Wolff, Sohan Deshpande, Marcello Di Nisio, Steven Duffy, Adrian V. Hernandez, J. Christiaan Keurentjes, Shona Lang, Kate Misso, Steve Ryder, Simone Schmidlkofer, Marie Westwood, Jos Kleijnen,
JAMA. 2015;313(24):2456-2473. doi:10.1001/jama.2015.6358.