Estudo publicado na Clinical Cancer Research e realizado no Memorial Sloan Kettering Cancer Center investigou o perfil molecular de pacientes com câncer de pâncreas e concluiu que a aplicação prática dos resultados moleculares é atualmente limitada para orientar decisões terapêuticas no câncer pancreático, mas persiste como instrumento com potencial de determinar padrões de cuidados mais eficazes. O artigo de Lowery et al relatou o perfil genético de 336 pacientes com câncer de pâncreas e mostrou que 26% apresentaram alterações acionáveis, que permitem opções de tratamento já conhecidas.
Método
Os pesquisadores avaliaram amostras FFPE de 336 pacientes, obtidas de arquivo ou prospectivamente, e analisaram o DNA tumoral em plataforma de sequenciamento utilizando a técnica de captura híbrida, em painel que testa 410 genes. O objetivo foi coletar informações clinicamente relevantes, com a identificação de potenciais alvos terapêuticos, ou, ainda, de biomarcadores com potencial caráter preditivo ou prognóstico.
Resultados
Todas as alterações genéticas identificadas foram estratificadas com base em evidências anteriores de que a mutação é um biomarcador preditivo de resposta, usando a classificação MSKCC OncoKB. Três dos 225 pacientes (1%) receberam terapias combinadas, com base nos resultados do sequenciamento.
Os autores concluíram que a aplicação prática dos resultados moleculares ainda é limitada para orientar terapias personalizadas em pacientes com adenocarcinoma pancreático e recomendam novos estudos prospectivos com análises genéticas.
Referência: Real Time Genomic Profiling of Pancreatic Ductal Adenocarcinoma: Potential Actionability and Correlation with Clinical Phenotype - Maeve A. Lowery, Emmet J. Jordan et al - DOI: 10.1158/1078-0432.CCR-17-0899