Onconews - USPSTF revê diretrizes para rastreamento do câncer de próstata

BALAN__O_PR__STATA_PG4TO6_ON4_NET_OK_ASCO_GU_2.jpgA U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) publicou um projeto de revisão das suas recomendações para o rastreamento do câncer de próstata. O documento recomenda que homens entre 55 e 69 anos discutam com seus médicos sobre os potenciais benefícios e danos da triagem do câncer de próstata através do PSA. Segundo a Força-Tarefa, a decisão deve ser individualizada (recomendação C). Para homens com 70 anos ou mais, a USPSTF permanece contrária à triagem (recomendação D).

A proposta vem cinco anos após a Força-Tarefa se mostrar contrária à triagem de rotina com testes de PSA para homens de qualquer idade. Agora, através de uma revisão sistemática das evidências, a Força-Tarefa determinou que os benefícios e danos potenciais da triagem baseada em PSA são equilibrados e, portanto, em homens entre 55 e 69 anos a decisão deve ser individualizada. Para homens com 70 anos ou mais, a USPSTF permanece contrária à triagem, alegando que os potenciais danos superam os benefícios do rastreio de rotina nesta faixa etária.
 
Um dos estudos considerados foi o estudo europeu de triagem para o câncer de próstata (European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer - ERSPC), que demonstrou que o teste de PSA reduz as chances de desenvolver câncer de próstata avançado em cerca de 30% e o risco de morrer da doença em cerca de 20%. "Agora, as novas evidências nos permitem dizer que os benefícios superam os danos", disse Kirsten Bibbins-Domingo, professora de medicina da Universidade da Califórnia, em San Francisco, e presidente da força-tarefa.
 
Vigilância ativa
 
O projeto de recomendação também levou em conta novas evidências sobre a vigilância ativa, uma opção para homens com câncer de próstata de baixo risco que tem se tornado mais comum nos últimos anos e pode reduzir a chance de overtreatment. Segundo a Força-Tarefa, os dados emergentes sobre a vigilância desempenharam um papel na recomendação atualizada ao demonstrar que esta abordagem minimiza os danos da triagem.
 
"A vigilância ativa pode reduzir os danos potenciais em todo este percurso de triagem e tratamento. Temos dados agora que mostram que não há um aumento do número de mortes por câncer de próstata com vigilância ativa em comparação com o tratamento com radioterapia ou cirurgia”, dizem os autores.
 
Maior risco
 
Embora o grupo de trabalho não tenha feito recomendações específicas para homens afro-americanos ou aqueles com antecedentes familiares de câncer de próstata, particularmente com pai ou irmão diagnosticados com câncer de próstata, a Força-Tarefa revisou evidências sobre os benefícios e danos do rastreio para esse grupo. O projeto de diretrizes ressalta a ausência de evidências específicas para orientar esses homens de maior risco em suas decisões sobre a triagem, e recomenda que os médicos esclareçam esse grupo sobre seu risco aumentado de desenvolver e morrer da doença, bem como os potenciais benefícios e danos do rastreio.
 
As recomendações ficam disponíveis para participação pública até 8 de maio. Para acessar o projeto das novas recomendações, clique aqui.

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