A 56ª ASH apresentou os resultados do estudo de fase III AETHERA, que investiga o uso do Brentuximabe Vedotin no tratamento de pacientes com Linfoma de Hodgkin com risco de progressão da doença, após o transplante autólogo.
Este estudo de Fase III, randomizado, multicêntrico avalia o anticorpo droga-conjugado brentuximabe vedotin (BV), um agente dirigido a proteína CD30 em células de linfoma de Hodgkin.
Ao todo, 327 pacientes com risco de progressão pós-transplante participaram do ensaio clínico e alcançaram remissão ou doença estável. Entre 30 e 45 dias após o transplante, os pacientes foram randomizados para receber BV ou placebo por até um ano. Após uma média de dois anos de acompanhamento, os pesquisadores observaram que os pacientes que receberam BV apresentaram resultados superiores, sem progressão da doença, em comparação com pacientes que receberam placebo (taxa de sobrevida livre de progressão de 65% vs. 45%) O perfil de segurança foi geralmente consistente com a informação de prescrição existente.
Os eventos mais comuns associados com o BV incluírams neuropatia periférica, infecção do trato respiratório superior e neutropenia.
"Este é o primeiro estudo no linfoma de demonstrar que a adição de uma droga de manutenção após o transplante pode melhorar significativamente os resultados dos pacientes", disse o principal autor do estudo, Craig Moskowitz, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York. "Tendo em conta estes resultados extremamente positivos, nós prevemos que brentuximabe vedotin em breve se tornará o padrão de cuidados para pacientes com linfoma de Hodgkin que se submetem a um transplante autólogo de células tronco", acrescentou. Os dados finais serão apresentados na segunda-feira, 8 de dezembro.