Um estudo aberto, multicêntrico, de fase 1b, avaliou a combinação de daratumumab ao tratamento padrão no tratamento de mieloma múltiplo refratário ou resistente e concluiu que o agente melhora os resultados nesse subgrupo de pacientes.Os resultados positivos foram apresentados na 56ª ASH.
Para avaliar a segurança, tolerabilidade e a dosagem apropriada de daratumumab em combinação com o tratamento padrão, os pesquisadores recrutaram doentes com diagnóstico recente de recaída ou com mieloma múltiplo resistente ao tratamento com um dos quatro esquemas padrão, que incluem bortezomibe-dexametasona (VD), bortezomibe-talidomida-dexametasona (VTD), bortezomibe-melfalano-prednisona (VMP), e pomalidomida-dexametasona (POM-D).
Na análise de tolerabilidade, após avaliação por 44 dias, 17 pacientes que recebem um regime à base de bortezomibe (VD, VTD, ou PMV) não experimentaram nenhuma toxicidade adicional. Quatro pacientes tiveram reações relacionadas à infusão associada com daratumumab; no entanto, isso não interrompeu o tratamento. Todos os outros eventos adversos foram consistentes com aqueles que acompanham esquemas padronizados. Dados preliminares demonstram uma elevada taxa de resposta do paciente a esta nova abordagem terapêutica.
"Este é um conceito muito novo e emocionante em mieloma múltiplo. Combinar esta terapia de precisão com o padrão de atendimento está levando a um tratamento mais eficaz, sem aumento da toxicidade", disse o principal autor do estudo, Philippe Moreau, do Hospital Universitário de Nantes, na França. "Ao direcionar uma molécula simples expressa pelas células cancerosas, esta terapia tem o potencial de ser importante combinação com o tratamento convencional".