O PD-L1 é expresso em um número substancial de casos de mesotelioma pleural maligno, e está associado a piores condições de sobrevida. Essas são as principais descobertas de um estudo liderado por Aaron Mansfield, da Mayo Clinic, apresentado na 4ª Conferência Europeia de Câncer de Pulmão.
Os achados podem ter implicações importantes para o manejo desses pacientes, devido à disponibilidade de agentes que têm como alvo as interações PD-1 e PD-L1.
Os pesquisadores avaliaram por imuno-histoquímica 224 casos de mesotelioma maligno da pleura para a expressão de PD-L1. Os pacientes tinham sido diagnosticados entre 1986 e 2003. A localização e expressão do PD-L1 de cada amostra foi classificada por um patologista. Casos com menos de 5% de expressão de PD-L1 foram considerados negativos. Das 224 amostras, 89 (40%) expressaram PD-L1. A expressão média foi de 40%.
A sobrevida foi significativamente pior para pacientes com expressão de PD-L1 (mediana de seis meses, variando de quatro a nove meses) em comparação com aqueles sem expressão PD-L1 (mediana de 14 meses, p <0, 0001). A expressão PD-L1 permaneceu significativamente associada com pior sobrevida após o ajuste para idade, sexo, infiltração linfocítica e intervenção cirúrgica terapêutica (p = 0,0002).
Os pacientes com tumores PD-L1 positivos foram menos propensos a receber cirurgia terapêutica devido à maior extensão da doença na apresentação (p = 0,001).
Curva de sobrevida global mostra 14,5 meses em PD-L1 negativo e 5 meses em pacientes PD-L1 positivo
© Aaron Mansfield
Referência: Abstract 127O: Programmed cell death 1 ligand 1 expression and association with survival in mesothelioma. - http://oncologypro.esmo.org/Meeting-Resources/ELCC-2014/Programmed-cell-death-1-ligand-1-expression-and-association-with-survival-in-mesothelioma