Onconews - SABCS 2015: Mutações no gene ESR1 associadas com pior sobrevida geral

Chandarlapaty_Sarat_NET_OK.jpgDiferentes mutações podem prever diferentes respostas entre pacientes com câncer de mama metastático receptor de estrogênio positivo. Sarat Chandarlapaty (foto), do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, mostrou que mutações associadas ao gene do receptor de estrogênio 1 (ESR1) são associadas a piores resultados de sobrevida. Os dados do estudo foram apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium 2015 e sugerem que essas duas mutações afetam a resposta ao everolimus. Mais trabalhos são necessários para confirmar esses achados.
 
"Entre os pacientes com câncer de mama metastático ER-positivo que recebem o mesmo tipo de tratamento de estrogênio, existe uma verdadeira diversidade na forma como seus tumores respondem a essas drogas”, "disse a oncologista. "Nosso objetivo era determinar se mudanças no receptor de estrogênio poderiam explicar essas variações”, acrescentou, ao apresentar os dados na conferência de San Antonio.
 
Nesta análise, Chandarlapaty e colegas avaliaram amostras de sangue de 541 de 724 de pacientes inscritos no BOLERO-2. A mutação D538G associada ao ESR1 foi identificada em amostras a partir de 83 pacientes, enquanto a mutação Y537S de ESR1 foi identificada em 42 pacientes. Um total de 30 pacientes apresentou as duas mutações.
 
A mediana de sobrevida global foi de 32,1 meses para os pacientes sem mutação; de 26 meses para aqueles com mutação D538G; de 20 meses para aqueles com mutação Y537S e de 15,2 meses para aqueles com ambas as mutações (Abstract S2-07).
 
Referência: cfDNA analysis from BOLERO-2 plasma samples identifies a high rate of ESR1 mutations: Exploratory analysis for prognostic and predictive correlation of mutations reveals different efficacy outcomes of endocrine therapy–based regimens