Onconews - EMBRACA mostra resultados de eficácia e segurança

Litton Jennifer NET OKO inibidor de PARP talazoparib mostrou resultados de eficácia e segurança em pacientes com câncer de mama avançado HER2 - e mutação germinal BRCA. Os dados do estudo EMBRACA foram apresentados por Jennifer Litton (foto), do MD Anderson, na conferência de San Antonio, e mostram que o agente experimental teve benefício clínico em todos os subgrupos avaliados e prolongou significativamente a sobrevida livre de progressão.

EMBRACA é um estudo randomizado de fase III que avaliou talazoparib versus o agente único de escolha (capecitabina, eribulina, gemcitabina ou vinorelbina) em mulheres previamente tratadas com 3 regimes citotóxicos. O endpoint primário foi a sobrevida livre de progressão (SLP) avaliada por revisão central independente. Os objetivos secundários foram sobrevida global, taxa de resposta objetiva (ORR), CBR às 24 semanas (CBR24) e segurança. O estudo também avaliou a qualidade de vida relatada pelo paciente.

Foram selecionadas 431 pacientes (idade média 46 anos, 54% com receptor hormonal positivo; 45% com mutação BRCA1, 55% com mutação BRCA2, 15% com metástases de SNC), randomizadas 2:1 para receber talazoparibe (n = 287) ou o agente de escolha (n=144). A exposição foi de 6,1 e 3,9 meses, respectivamente.

O benefício clínico foi observado em todos os subgrupos avaliados, incluindo aqueles com status hormonal positivo (HR 0,47; 95% Cl 0,32-0,71) e metástases do SNC (HR 0,32; 95% Cl 0.15-0.88).

Houve um atraso significativo no tempo para a deterioração do estado de saúde global (GHS) (HR 0,38; 95% Cl 0,26-0,55; P <0,0001]. Os eventos adversos hematológicos de grau 3 e 4 ocorreram em 55% dos pacientes no braço experimental (principalmente anemia) e em 39% dos pacientes alocados no tratamento com agente único de escolha (principalmente neutropenia).

Eventos adversos não hematológicos foram observados em 32% dos pacientes do braço experimental e em 38% dos pacientes do braço de comparação. O uso de talazoparib foi associado a menos distúrbios gastrointestinais (5,6% vs 11,9%) e distúrbios dermatológicos (0,7% vs 5,6%). Eventos graves de grau 3 a 4 foram observados em 26% dos pacientes do braço experimental e em 25% dos pacientes do braço de comparação. A interrupção do medicamento ocorreu em 8% dos pacientes tratados com o inibidor de PARP e em 10% dos pacientes tratados com a droga de escolha. Eventos adversos que resultaram em morte ocorreram em 2,1% dos pacientes no braço de talazoparib e em 3,2% dos pacientes do grupo-controle.

Em conclusão, talazoparib prolongou significativamente a sobrevida livre de progressão e demonstrou benefício em todos os desfechos secundários, incluindo atraso significativo na deterioração da qualidade de vida. O estudo EMBRACA está registrado no Clinical Trials (NCT01945775).

Referência: EMBRACA: A phase 3 trial comparing talazoparib, an oral PARP inhibitor, to physician's choice of therapy in patients with advanced breast cancer and a germline BRCA mutation (GSG-07) - Jennifer Litton et al