O tratamento de primeira linha com a combinação de dabrafenibe e trametinibe prolongou a sobrevida livre de progressão (SLP) e sugeriu ganho de sobrevida global (SG) em pacientes com melanoma BRAF V600 mutado, com doença metastática ou irressecável. É o que confirmam os resultados de uma análise agrupada, com 5 anos de seguimento, apresentados em sessão oral na ASCO 2019 (Abstract 9507), a partir dos estudos Fase III COMBI-d e COMBI-v.
As taxas de SLP em quatro e cinco anos foram semelhantes (21% e 19%), assim como as taxas de SG (37% e 34%), sugerindo resultados duradouros. Em pacientes com níveis normais de lactato desidrogenase (LDH) no baseline, a taxa de SLP em 5 anos foi superior em relação àqueles com LDH elevados (25% versus 8%) e a taxa de SG em 5 anos também foi consideravelmente maior (43% versus 16%). Entre os pacientes com níveis basais normais de LDH e <3 órgãos com metástases, as taxas de SLP e SG em 5 anos foram de 31% e 55%, respectivamente.
Outro destaque da sessão oral da ASCO foi o estudo retrospectivo apresentado por Carina Owen, do Instituto Australiano de Melanoma, com resultados que apoiam o uso de inibidores de BRAF/MEk em pacientes que tiveram recorrência após tratamento adjuvante com inibidores de checkpoint imune no melanoma ressecado de alto risco (Abstract 9502).
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