A ESMO 2019 reuniu o melhor da pesquisa mundial em câncer e estudos aguardados foram selecionados para apresentação em late breaking abstracts, de 27 de setembro a 1º de outubro no encontro de Barcelona. Os inibidores de PARP e de múltiplas ciclinas estão entre os destaques do congresso europeu, com dados que impactam a prática clínica.
Na gineco-oncologia foi o caso de olaparibe + bevacizumabe como terapia de manutenção de primeira linha em pacientes com câncer de ovário com e sem mutação BRCA já tratadas com quimioterapia baseada em platina (LBA2) e do agente niraparib em pacientes com câncer de ovário recém diagnosticados (LBA1).
No ano em que a gineco-oncologia concentrou as atenções, o estudo VELIA/GOG-3005 mostrou resultados encorajadores do agente experimental veliparib associado à quimioterapia de manutenção no carcinoma de ovário seroso de alto grau (LBA3).
Na oncologia torácica, a análise final de sobrevida global do estudo FLAURA com osimertinibe no câncer de pulmão não pequenas células avançado (LBA5) e novos dados do CheckMate 227 (LBA4) também estiveram entre os destaques da edição deste ano.
No panorama geniturinário, a ESMO 2019 apresentou os primeiros resultados do trabalho que avaliou o tempo ideal para a radioterapia após prostatectomia radical (LBA 49_PR). Apontado como o maior estudo já realizado sobre radioterapia pós-operatória no câncer de próstata, o RADICALS-RT não encontrou diferença na recorrência da doença em cinco anos entre homens que fizeram radioterapia na adjuvância e aqueles que receberam radioterapia mais tarde, na recorrência.
Em tumores gastrointestinais, novos dados mostraram pela primeira vez que uma terapia-alvo direcionada à mutação do isocitrato desidrogenase 1 (IDH1) melhorou os resultados de pacientes com colangiocarcinoma avançado (LBA40).
Na oncologia mamária, resultados do estudo Fase III MONALEESA- 3 estiveram entre os destaques da Sessão Presidencial, em apresentação de Dennis Slamon, da Universidade da Califórnia, EUA.