Em ano de poucas novidades no panorama GI, promessas no tratamento do colangiocarcinoma foram destaque no programa científico. Os dados apresentados na ESMO 2019 por Ghassan Abou-Alfa (foto), do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, mostraram pela primeira vez que uma terapia-alvo direcionada à mutação do isocitrato desidrogenase 1 (IDH1) pode melhorar os resultados de pacientes com colangiocarcinoma avançado.
O colangiocarcinoma avançado é um subtipo de câncer do ducto biliar com comportamento agressivo e mau prognóstico, que apesar da baixa incidência ainda representa uma necessidade médica não atendida.
Nos tumores esôfago-gástricos, o congresso europeu trouxe novos dados que consolidam a importância da estratégia perioperatória também no cenário asiático (estudos PRODIGE e RESOLVE), além de nova análise do KEYNOTE-062 com o anti PD-1 pembrolizumabe em pacientes com instabilidade de microssatélites.
Em tumores colorretais, o estudo IDEA-FRANCE mostrou que a biópsia líquida tem papel prognóstico e potencial para orientar o tratamento. O ctDNA plasmático pós-cirúrgico foi capaz de prever a recidiva de metástases em mediana de 10 meses antes da recorrência ser visível em exames radiológicos (taxa de risco 11.33; p = 0.0001), abrindo uma nova perspectiva para a oncologia de precisão em pacientes com câncer colorretal localizado.
Na sessão oral de Tumores Neuroendócrinos, a ESMO 2019 destacou o estudo de Fase III SANET-ep, que avaliou o agente surufatinib em TNE avançado e atingiu seu principal endpoint de sobrevida livre de progressão.