Zolbetuximabe + CAPOX continuou a demonstrar melhora estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão e sobrevida global em comparação com CAPOX isolado no tratamento de primeira linha de pacientes com câncer gástrico e/ou de junção gastroesofágica HER2-negativo, CLDN18.2+ irressecável ou metastático. Os resultados são do estudo GLOW, apresentado por Florian Lordick (foto) em sessão mini-oral no ESMO 2023.
O estudo de Fase 3 GLOW mostrou melhora estatisticamente significativa do tratamento de primeira linha com zolbetuximabe + capecitabina + oxaliplatina (CAPOX) em comparação com placebo (PBO) + CAPOX na sobrevida livre de progressão (final; mediana 8,2 vs 6,8 meses, HR 0,69 [95% CI 0,54, 0,87], P = 0,0007) e sobrevida global (intermediário; mediana 14,4 vs 12,2 meses, HR 0,77 [95% CI 0,62, 0,97], P = 0,0118) em pacientes com adenocarcinoma gástrico ou de junção gastroesofágica CLDN18.2+, HER2-negativo, localmente avançado, metastático ou irressecável. No ESMO 2023, foi apresentada uma análise atualizada de eficácia e segurança com acompanhamento adicional de 8,7 meses a partir da análise primária.
Os pacientes foram randomizados (1:1) para zolbetuximabe IV 800 mg/m2 (ciclo 1, dia [D] 1) seguido de 600 mg/m2 (a cada 3 semanas) + CAPOX (capecitabina oral BID em D1-14 e oxaliplatina IV em D1) por oito ciclos de 21 dias ou para placebo + CAPOX. Pacientes sem doença progressiva (DP) continuaram além do ciclo 8 com zolbetuximabe ou placebo, + capecitabina a critério do investigador, até que os critérios de progressão de doença ou descontinuação fossem atendidos. O endpoint primário foi a sobrevida livre de progressão de acordo com RECIST v1.1 por IRC; a sobrevida global foi um endpoint secundário importante.
Resultados
No cutoff de dados (29 de junho de 2023), 507 pacientes foram randomizados; 254 pacientes para zolbetuximabe + CAPOX e 253 pacientes para placebo + CAPOX. Nos braços zolbetuximabe versus plaebo, o acompanhamento médio foi de 17,8 vs 15,1 meses para SLP e 26,1 vs 26,2 meses para SG, respectivamente.
A mediana de SLP nos braços zolbetuximabe versus placebo foi de 8,3 versus 6,8 meses (HR 0,68 [95% CI 0,55; 0,85], P = 0,0004). A mediana de SG nos braços zolbetuximab versus placebo foi de 14,3 vs 12,2 meses (HR 0,77 [95% CI 0,62; 0,95], P = 0,0079); A taxa de SG em 24 meses foi de 28,3% versus 18,8%, com acompanhamento contínuo até as análises finais.
Os eventos adversos relacionados ao tratamento (TEAEs) mais comuns com zolbetuximabe + CAPOX foram náuseas (braço zolbetuximab: 68,9% vs braço placebo: 50,2%), vômitos (66,1% vs 31,3%) e diminuição do apetite (41,3% vs 34,5%); a incidência de TEAE graves foi semelhante entre os braços (48,0% vs 50,6%).
“Zolbetuximabe + CAPOX continuou a demonstrar melhora estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão e sobrevida global em comparação com placebo + CAPOX, sem novos sinais de segurança, apoiando zolbetuximabe + CAPOX como uma nova opção potencial para o tratamento de primeira linha de pacientes com adenocarcinoma gástrico/JEG CLDN18.2+, HER2-negativo, localmente avançado, metastático ou irressecável”, concluíram os autores.
O estudo foi financiado pela Astellas Pharma Inc e está registrado em ClinicalTrials.Gov, NCT03653507.
Referência: LBA81 - Updated efficacy and safety results from phase III GLOW study evaluating zolbetuximab + CAPOX as first-line (1L) treatment for patients with claudin-18 isoform 2-positive (CLDN18.2+), HER2−, locally advanced (LA) unresectable or metastatic gastric or gastroesophageal junction (mG/GEJ) adenocarcinoma