A heparina, um anticoagulante geralmente utilizado no tratamento de doenças como embolia pulmonar, infarto do miocárdio e AVC, auxilia o processo de inibição celular e pode ser associada ao controle do câncer.
A descoberta é de pesquisadores da Unesp de Botucatu e de Araraquara, liderados pelo professor Matheus Bertanha. Apesar do uso de heparina não ser comum nesses casos, Bertanha e sua equipe perceberam que a heparina poderia ser associada ao tratamento de metástases cancerígenas a partir de algumas alterações em suas moléculas.
"Na literatura científica, há descrição de melhora no prognóstico para o tempo de vida dos pacientes portadores de câncer terminal que apresentam trombose venosa profunda e são tratados com heparina", explica Bertanha.
Todos os estudos realizados até o momento foram experimentos in vitro, e apontaram resultados satisfatórios. Esta pesquisa foi desenvolvida apenas em laboratório, por docentes da Unesp e está vinculada à disciplina de Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp, ao Hemocentro da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp de Botucatu, ao Instituto de Biociências (IB) de Botucatu - Unesp e à Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) de Araraquara - Unesp.
A pesquisa ainda está em fase inicial e o pedido de patente foi realizado pela Agência Unesp de Inovação. "Inúmeros outros testes devem ser realizados para sabermos qual será o potencial de uso clínico desse medicamento", diz o pesquisador. A respeito de suas expectativas para o invento, ele afirma que é preciso conseguir recursos e/ou parcerias para realizar todas as padronizações necessárias e obter mais respostas quanto ao seu uso futuro.