Estudo de revisão avaliou aspectos relacionados à qualidade de vida (QV) de pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) tratados com modernos agentes terapêuticos. Os dados foram publicados por Nussbaum e colegas1 e indicam que acetato de abiraterona e prednisona, enzalutamida, cloreto de radio-223 ofereceram benefícios de qualidade de vida e/ou alívio da dor em relação aos respectivos comparadores.Outras três terapias não demonstraram impacto na qualidade de vida e/ou dor (mitoxantrona, fosfato de estramustina e docetaxel, e cabazitaxel).
Os autores reconhecem a limitação do estudo e argumentam que há poucos trabalhos disponíveis que capturam a experiência do paciente com mCPRC no cenário da prática clínica.
Foram consideradas 25 publicações que descrevem sete regimes de tratamento. Desde 2010, um número crescente de opções terapêuticas para o mCPRC tem representado o desafio de promover o melhor controle da doença, com o melhor perfil de segurança possível.
No trabalho de Nussbaum e colegas, o tratamento ativo com agentes não citotóxicos (acetato de abiraterona mais prednisona, enzalutamida, radio-223) esteve associado com níveis variados de melhora na QV e status de dor, mas comparações diretas entre os tratamentos não foram estabelecidas como objeto do estudo.
Os autores argumentam que mais trabalhos são necessários para padronizar métodos para medir, quantificar e expressar relatos sobre qualidade de vida e dor em pacientes com mCPRC no cenário da prática clínica.
Referência: 1 - Patient experience in the treatment of metastatic castration-resistant prostate cancer: state of the science - Prostate Cancer and Prostatic Diseases (2016) 19, 111–121; doi:10.1038/pcan.2015.42; published online 2 February 2016