adc 23Editorial de Mosele et al. no Annals of Oncology destaca o crescente interesse pelos chamados ADCs, os conjugados de anticorpos e medicamentos, que inovam ao explorar uma nova abordagem no tratamento do câncer. “Teoricamente, os ADCs funcionam como sistemas de administração de medicamentos, administrando altas doses de agentes citotóxicos dentro das células cancerígenas, aumentando assim a morte dessas células e poupando os tecidos normais”, descrevem os autores. 

Mosele e colegas lembram que o interesse sobre os ADCs cresceu desde que o anti HER2 trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) mostrou resultados transformadores em pacientes com câncer de mama metastático com superexpressão de HER2. “No estudo randomizado DESTINY-Breast02, por exemplo, a sobrevida global mediana para pacientes tratados com T-DXd e quimioterapia padrão foi de 39,2 versus 26,5 meses, respectivamente (HR 0,66, IC 95%: 0,50-0,86, P=0,0021).

Desde então, o mesmo medicamento foi desenvolvido para câncer de pulmão de células não pequenas com mutação ERBB2, câncer gástrico e de cólon com superexpressão de HER2, câncer de mama metastático HER2 low e, mais recentemente, em cânceres que expressam HER2, independentemente do órgão de origem. “Embora não sejam tão notáveis quanto os resultados no câncer de mama metastático com superexpressão de HER2, esses ensaios relataram benefícios clinicamente consistentes e significativos em tumores que expressam HER2 e no câncer de mama com baixo nível de HER2”, analisam.

O editorial do Annals of Oncology destaca ainda outros ADCs que ajudam a mudar a prática clínica, a exemplo de enfortumabe vedotina, um ADC dirigido à nectina-4 que mostrou resultados de sobrevida no câncer urotelial metastático, além dos ADCs anti TROP2 sacituzumabe govitecana (SG) e datopotamabe deruxtecana.

A íntegra do editorial está disponível em acesso aberto.

Referência: Published:September 18, 2023. DOI:https://doi.org/10.1016/j.annonc.2023.08.020