Onconews - Anvisa aprova axitinibe para carcinoma de células renais

RIM_CAPA_NET_OK.jpgO medicamento Inlyta (axitinibe), da Pfizer, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como segunda linha de tratamento para pacientes com carcinoma de células renais avançado que não respondem mais à uma primeira linha de tratamento.

A droga, aprovada desde 2012 pelo Food and Drug Administration (FDA), é uma terapia oral que em estudos clínicos apresentou resultados sólidos de superioridade em relação à terapia-padrão. O medicamento inibe o crescimento de novos vasos sanguíneos que aumentam o tumor e favorecem a progressão.
 
A segurança e eficácia do axitinibe foram avaliadas em um estudo de fase III multicêntrico, randomizado, aberto. 723 pacientes com RCC avançado cuja doença tinha progredido durante ou após o tratamento com uma terapia sistêmica anterior, incluindo regimes contendo sunitinibe, bevacizumabe, tensirolimo ou citocina, foram randomizados (1:1) para receber axitinibe (n=361) ou sorafenibe (n=362). O endpoint primário foi a sobrevida livre de progressão (SLP), avaliada usando um comitê central cego e independente.
 
A mediana de sobrevida livre de progressão foi de 6 ,7 meses com axitinibe em comparação com 4, 7 meses com sorafenibe (hazard ratio 0,665; p <0,0001). O estudo concluiu que o axitinibe resultou em SLP significativamente maior em comparação com o sorafenibe. 

Sobre o carcinoma de células renais avançado 

O câncer renal está entre os 10 tipos de tumores mais comuns em homens e mulheres. Dados do Globocan apontam que em 2012, 6.255 pessoas receberam o diagnóstico de câncer de rim no Brasil, sendo 3.761 homens e 2.494 mulheres. No geral, o risco de desenvolver a doença é cerca de 1 em 63 (1,6%). Este risco é maior em homens do que em mulheres. Tipo mais comum de câncer renal, o CCR avançado esteve historicamente entre os tumores mais resistentes ao tratamento.
 
"Atualmente, novos medicamentos têm mudado a história do tratamento do câncer de rim. Antes, esta era uma doença praticamente sem opções terapêuticas. Hoje, o câncer de rim já pode ser considerado tratável por meio de medicamentos que aumentam a sobrevida e melhoram a qualidade de vida dos pacientes", afirma Eurico Correia, diretor médico da Pfizer Brasil.
 
A chegada de Inlyta ao mercado complementa o portfólio da Pfizer no Brasil para o tratamento de câncer renal, que já possui Sutent, desde 2006, e Torisel, desde 2010. Ambos os medicamentos pertencem à classe das terapias-alvo, que agem impedindo a multiplicação das células tumorais.
 
Referência: Axitinib versus sorafenib as second-line treatment for advanced renal cell carcinoma: overall survival analysis and updated results from a randomised phase 3 trial - Lancet Oncol. 2013 Jun;14(7):e254.