A Sociedade Americana de Hematologia (ASH) divulgou hoje, 3 de dezembro, um alerta para a prática clínica racional, promovendo cinco reflexões em torno de procedimentos comumente usados na hematologia. O tema também é objeto de artigo publicado pela ASH, com recomendações de conduta baseada em evidência (disponível em www.hematology.org/choosingwisely).
Para a sociedade, a iniciativa quer fomentar o diálogo de médicos e pacientes em torno de práticas que devem ser questionadas em determinadas circunstâncias. As recomendações compreendem a abordagem da leucemia linfocítica crônica (LLC), avaliação de HIT (trombocitopenia induzida pela heparina) e PTI (púrpura trombocitopênica imunológica).
O que dizem os especialistas da ASH:
- Não utilize a tomografia computadorizada (TC) de rotina no seguimento de pacientes assintomáticos, na fase inicial da leucemia linfocítica crônica.
- Não testar ou tratar por suspeita de trombocitopenia induzida pela heparina (HIT) pacientes com baixa probabilidade, sem o pré-teste de HIT.
- Não tratar pacientes com púrpura trombocitopênica imunológica na ausência de sangramento ou diante de uma contagem muito baixa de plaquetas.
As sugestões dos membros do ASH querem melhorar a qualidade do atendimento hematológico oferecido aos pacientes. “Tratamentos ou testes desnecessários não beneficiam o paciente e sobrecarregam o sistema de saúde.
Em alguns casos, são práticas que expõem os pacientes a riscos", disse Lisa Hicks, da Universidade de Toronto, ao esclarecer que a proposta da lista desenvolvida pela ASH é ajudar hematologistas a gerenciar a utilização e distribuição de recursos de assistência ao paciente.