O primeiro Banco Brasileiro de Câncer Testicular conquistou novas adesões e continua aberto à participação de pesquisadores e centros brasileiros, reforçando a importância da pesquisa cooperativa. Em abril, 4 novas instituições ingressaram no Banco e outras 9 aguardam o processo de análise ética. Criado como uma grande base de dados para abrigar informações de pacientes, o banco multicêntrico pretende conhecer mais de perto a realidade do câncer testicular no Brasil. “Como esses pacientes estão sendo tratados em nosso País? Como estão nossas taxas de resposta? São dados que ajudam a conhecer nossa realidade e estabelecer ações para a melhoria contínua”, explica o investigador principal, o oncologista Diogo Bastos (foto), médico do ICESP e do Hospital Sírio-Libanês, que agora espera estimular novas adesões e fomentar ainda mais a participação de pesquisadores e instituições de assistência.
Serviços públicos e privados envolvidos no cuidado com o paciente podem contribuir. Para participar, seja com a inserção de dados ou até para explorar os dados disponíveis no banco, cada instituição precisa submeter o protocolo de pesquisa aos processos de análise ética. “A ideia é fomentar diferentes iniciativas de pesquisa no cenário da oncologia brasileira, com foco no câncer testicular. É só cumprir as exigências regulatórias de avaliação ética e o protocolo de pesquisa passa a integrar o Banco”, diz Diogo.
Instituições de assistência e pesquisadores interessados em ingressar no Banco e contribuir com a pesquisa brasileira podem contatar o escritório do LACOG, através do telefone (51) 3384-5334.
Além do ICESP, até agora já participam desse esforço cooperativo o Hospital Israelita Albert Einstein e a BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, além do Hospital de Câncer de Barretos. Dados de 277 pacientes já estão disponíveis e a expectativa é duplicar essa base de dados com a participação de outros 9 centros que aguardam a aprovação regulatória (veja abaixo):
O câncer testicular é a neoplasia sólida mais curável, mas infelizmente tem o agravante de ser mais frequente na população jovem. Segundo o INCA, a incidência é de três a cinco casos para cada grupo de 100 mil indivíduos.
Estudo inédito que avaliou o custo do câncer nos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) mostra que o câncer testicular foi o que mais impactou a economia brasileira por mortes prematuras e perda de produtividade, superando o câncer de pulmão. Conhecer mais de perto o cenário da doença no Brasil é um bom caminho para começar a mudar esses resultados.
Quem participa:
- ICESP (SP): investigador principal - Diogo Assed Bastos
- Hospital Israelita Albert Einstein (SP) - investigador principal: Oren Smaletz
- Hospital do Câncer de Barretos (SP) - investigador principal: Flávio Cárcano
- Hospital BP/Mirante (SP) - investigador principal: Fábio Schutz
Centros em aprovação regulatória:
- Hospital Sírio-Libanês (SP) - investigador principal: Carlos Dzik
- Oncocentro Fortaleza (CE) - investigador principal: Karina Trindade
- PUC-RS (RS) - investigador principal: André Fay
- Centro Paulista de Oncologia (SP): Andrey Soares
- CECON Manaus (AM): Gilmara Resende
- Hospital Amaral Carvalho (Jaú - SP) - investigador principal: Marina Piva
- CEHON (Salvador, BA) - investigador principal: Loana Valença
- Clínica AMO (Salvador, BA) - investigador principal: Vinícius Carrera
- UCS (Caxias do Sul - RS) - investigador principal: Rita Costamilan