Onconews - Causas de morte e sobrevida no adenocarcinoma pancreático

PancreasEstudo que avaliou registros de mais de 10 mil pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático discutiu causas de morte e sobrevida nessa população. Os dados foram publicados no Jama Oncology.

 

Neste estudo, Swords et al consultaram a base de dados do SEER (Survaillance, Epidemiology and End Results) e consideraram pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC, da sigla em inglês) de 18 a 89 anos, com doença ressecável e não metastática, com estadiamento conhecido. A análise dos dados foi realizada em fevereiro de 2018 e revelou que o maior risco de morte relacionada a PDAC atingiu o pico 3 anos após o diagnóstico, enquanto o risco de morte por outras causas foi maior 8,75 anos após o diagnóstico.

A partir da base de dados do SEER foram selecionados 10.988 pacientes com PDAC, sendo 5437 (49,5%) mulheres, com média de 64,8 anos. Tumores da cabeça de pâncreas foram observados em 8591 pacientes (78,2%). Em relação ao estadiamento, 1588 pacientes eram T1-T2N0M0 (14,5%), 2951 eram T3-T4N0M0 (26,9%) e 6449 eram T1-T4 N1M0 (58,7%).  

Os autores mostram que o risco de morte relacionada a PDAC diminuiu cerca de 13 anos após o diagnóstico e depois permaneceu abaixo de 3% ao ano. Cinco mortes relacionadas ao PDAC ocorreram após 15 anos e 2 após 20 anos, demonstrando que a sobrevida futura aumentou com a sobrevida acumulada. “O prognóstico continua a melhorar acima de 5 anos de sobrevida”, apontam os autores, que apresentam dados condizentes com outros achados já reportados. Dados de sobrevida câncer específica e sobrevida global estão descritos na Tabela 1.

ReferênciaSwords DS, Mulvihill SJ, Firpo MA, Scaife CL. Causes of Death and Conditional Survival Estimates of Medium- and Long-term Survivors of Pancreatic Adenocarcinoma. JAMA Oncol. Published online July 12, 2018. doi:10.1001/jamaoncol.2018.2442