Tumores não detectáveis por mamografia são assumidos como de pior prognóstico. A investigação conduzida por A. J Coldman e N Phillips, em British Columbia, no Canadá, recrutou mulheres entre 50 e 74 anos diagnosticadas com câncer de mama entre 1998 e 2006. A sobrevida desse subgrupo de pacientes foi correlacionada à experiência de rastreamento e as taxas de sobrevida foram estimadas de acordo com o fator prognóstico (tamanho, comprometimento linfonodal, grau e status do ER e estadio da doença).
Na análise, as pacientes que tiveram seu diagnóstico a partir da mamografia apresentaram as melhores taxas de sobrevida (P<0.001). No entanto, não houve diferença significativa entre a sobrevida de pacientes que tiveram tumores detectados 12 meses após uma mamografia negativa (P=0.98) e aquelas nas quais o tumor só foi detectado no intervalo de 24 a 47 meses ou mais, depois de uma mamografia negativa (P<0.001).
Na interpretação dos investigadores, não há evidência para afirmar que tumores diagnosticados mais tardiamente, no intervalo de 24 a 47 meses ou mais depois do rastreamento, tenham pior prognóstico que aqueles diagnosticados 12 meses depois do screening por mamografia.
Fonte: British Journal of Cancer 110, 556-559 (4 February 2014) | doi:10.1038/bjc.2013.732
Palavras-chave: rastreamento, mamografia, A. J. Coldman, N Phillips