Grandes companhias farmacêuticas iniciaram o ano com o anúncio de novas estratégias para ampliar o pipeline e reforçar presença na pesquisa e desenvolvimento de oncológicos. Bristol-Myers Squibb, Celgene, Eli Lilly, Sanofi e Takeda fazem apostas estratégicas. Confira.
Em uma operação de 64,9 bilhões de euros, a Bristol-Myers Squibb oficializou o acordo com a Celgene, protagonizando uma das maiores fusões recentes da indústria farmacêutica. “A transação criará uma biofarmacêutica líder, bem posicionada para atender às necessidades de pacientes com câncer, doenças inflamatórias, imunológicas e cardiovasculares”, divulgou a BMS em comunicado de 3 de janeiro.
Com a fusão, a BMS passa a assumir 61% de participação societária, agregando ao portfolio plataformas de tratamento consolidadas na oncohematologia, como Revlimid® (lenalidomida) e Pomalyst® (pomalidomida). A expectativa é movimentar mais de US $ 1 bilhão em vendas anuais.
A Sanofi também inicia o ano disposta a ampliar alianças estratégicas em pesquisa e desenvolvimento. Depois de firmar parceria com a BioNTech em 2015, a farmacêutica francesa anuncia investimentos de 80 milhões de euros (aprox. 91,5 milhões de dólares) para fortalecer as operações da BioNTech. A colaboração prevê estudos clínicos em múltiplos tumores sólidos, com destaque para as pesquisas com imuno-oncológicos.
Outra a divulgar novas alianças em P&D para a imuno-oncologia é a Takeda. Depois da aquisição da Shire, a asiática anunciou três novas colaborações com ênfase nas tecnologias CAR T-cells. Entre as promessas está a plataforma “Prime”, da Noile-Immune Biotech, que deve suportar pesquisas em diferentes aplicações.
A Eli Lilly, gigante farmacêutica sediada em Indianápolis, anunciou a compra da Loxo Oncology por US$ 8 bilhões. A startup tem pelo menos duas promissoras moléculas em desenvolvimento e deve concluir o acordo com a Eli Lilly até o final do primeiro trimestre.