“Não há nível seguro conhecido de exposição ao amianto”, disse o FDA acerca da presença de amianto em produtos cosméticos contendo talco. Em setembro de 2018, a agência norte-americana firmou acordo com a AMA Analytical Services, Inc. (AMA) para testar a presença de amianto em produtos cosméticos contendo talco. Agora, o relatório final da AMA apresentado pelo FDA dia 10 de março mostrou 43 amostras negativas e 9 positivas para a presença de amianto entre os testes realizados em 2019.
Diante dos resultados, o FDA promete providências “Tomamos e continuaremos a tomar medidas rápidas quando determinarmos que um produto cosmético não é seguro”, disse a agência, que no início deste mês reuniu parceiros federais e especialistas do setor para apoiar o desenvolvimento de testes, metodologias, terminologias e critérios padronizados para caracterizar e medir o amianto em produtos contendo talco ou que usam talco como ingrediente.
Ao longo de 2020, o FDA realizará outra análise em 50 amostras adicionais selecionadas para testes às cegas com cosméticos contendo talco. A expectativa é divulgar os resultados finais no início de 2021.
O amianto e outras fibras induzem predominantemente dois tipos de câncer: mesoteliomas e carcinomas broncogênicos. Embora o amianto seja inativo como mutagênico genético, agora existem evidências claras de que induz mutações cromossômicas (aneuploidia e aberrações) em uma ampla variedade de células, incluindo células mesoteliais.