A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e a Sociedade Americana de Hematologia (ASH) publicaram uma diretriz atualizada sobre o uso de agentes estimuladores da eritropoiese (ESAs) no tratamento do câncer. Esta é a primeira diretriz a abordar a epoetina alfa biossimilar.
Nesta atualização, ASCO e ASH revisaram 2 estudos clínicos randomizados e 15 meta-análises sobre ESAs no tratamento de pacientes com câncer ou doença renal crônica, além de estudos de coorte, considerando a literatura publicada entre 2010 e 2018. Com relação aos biossimilares, foram foco de interesse desta diretriz tanto a resposta de hemoglobina quanto o potencial de imunogenicidade, incluindo endpoints primários de mortalidade, frequência de transfusão de hemácias, risco tromboembólico e sobrevida livre de progressão.
Os autores apontam um crescente corpo de evidências indicando que a adição de ferro ao tratamento com um ESA pode melhorar a resposta hematopoiética e reduzir a probabilidade de transfusão de hemácias. Em relação à revisão da literatura sobre os biossimilares, os dados indicam que os biossimilares da epoetina alfa têm eficácia e segurança semelhantes aos produtos de referência, embora a qualidade da evidência permaneça limitada.
“Com base em evidências limitadas, parece que, em comparação com o originador, os biossimilares da epoetina alfa são seguros e eficazes", escrevem os autores, acrescentando que os ESAs biossimilares têm sido usados na Europa há mais de uma década sem que tenham surgido grandes preocupações.
Referências: Bohlius J, Bohlke K, Castelli R, et al. Management of cancer-associated anemia with erythropoiesis-stimulating agents: ASCO/ASH clinical practice guideline update. Blood Advances. 2019;3:1197-1210. doi: 10.1182/bloodadvances.2018030387.