A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) anunciou mais um volume das monografias da IARC (vol.135). A nova publicação enfoca o ácido perfluorooctanoico (PFOA) e o ácido perfluorooctanossulfônico (PFOS), classificando o PFOA como cancerígeno para humanos (Grupo 1) e o PFOS como possivelmente cancerígeno (Grupo 2B).
O PFOA e o PFOS são substâncias perfluoroalquílicas e polifluoroalquilas (PFAS) extremamente resistentes à degradação, descreve a IARC. “Produzido pela primeira vez na década de 1940, o PFOA tem usos extensivos, incluindo na fabricação e aplicações de fluoropolímeros; em revestimentos de superfície que conferem resistência a manchas, óleo e água em produtos domésticos, carpetes, têxteis, produtos de couro e embalagens de alimentos e rações; em produtos elétricos e eletrônicos; e em materiais de construção”, ilustra a publicação. Os autores esclarecem que o PFOS tem usos semelhantes ao PFAS, com aplicações em espumas aquosas formadoras de filme usadas no combate a incêndios; na fabricação de dispositivos de imagem e semicondutores; em fotolitografia e galvanoplastia; e em isolamento, corantes e tinta.
O grupo de trabalho que avaliou a carcinogenicidade dos dois agentes envolveu 30 pesquisadores, de 11 países. Com base em evidências em animais experimentais e forte evidência mecanicista, além de evidências limitadas em humanos para câncer de testículo e para carcinoma de células renais, o Grupo de Trabalho avaliou o PFOA como cancerígeno para humanos (Grupo 1), enquanto o PFOS foi avaliado como possivelmente cancerígeno para humanos (Grupo 2B). A íntegra do volume 135 das monografias da IARC está disponível em pdf.