Onconews - IMpower132: atezolizumabe, carboplatina e pemetrexede no CPNPC

Pulm o DEZ NET OKApresentado na sessão plenária da 19ª Conferência Mundial sobre Câncer de Pulmão (WCLC 2018) em Toronto, Canadá, o estudo de fase III IMpower132 demonstrou que o uso do inibidor de PD-L1 atezolizumabe em combinação com carboplatina e pemetrexede como terapia de primeira linha, seguido de pemetrexede como terapia de manutenção, melhora a sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPCNP) não-escamoso estádio IV. Os dados foram apresentados por Vassiliki A. Papadimitrakopoulou, chefe da Seção de Oncologia Torácica do MD Anderson Cancer Center.

O IMpower132 é um estudo global, randomizado, aberto, de Fase III, com 578 pacientes com CPNPC não escamoso estádio IV sem tratamento prévio com quimioterapia. Os pacientes elegíveis apresentavam doença mensurável pelo RECIST v1.1 e status ECOG PS 0-1. Os critérios de exclusão incluíam tumores conhecidos por abrigarem mutações no EGFR ou mutações driver ALK, metástases não tratadas do sistema nervoso central (SNC), doença autoimune e exposição prévia a imunoterapia.

Os pacientes foram randomizados 1:1 para receber quatro ou seis ciclos de carboplatina (AUC 6 mg/mL/min) ou cisplatina (75 mg/m2) mais pemetrexede (500 mg/m2) Q3W, seguido por pemetrexede como terapia de manutenção (braço B), ou carboplatina-pemetrexede ou cisplatina-pemetrexede mais atezolizumabe 1200 mg, seguido por pemetrexede mais atezolizumabe como terapia de manutenção (braço A).

Resultados

Os resultados do estudo mostraram que a quimioterapia com atezolizumabe mais pemetrexede (braço A) resultou em melhora na SLP (mediana de 7,6 meses versus 5,2 meses para o grupo controle) associada a 40% de redução no risco de progressão (HR 0,60, 95 IC: 0,49, 072) em todos os pacientes e subgrupos clínicos, incluindo pacientes asiáticos (HR 0,42; 95% IC: 0,28-0,63), nunca fumantes (HR 0,49; 95% IC 0,28-0,87), fumantes atuais e ex-fumantes (HR 0,61 95% IC 0,50-0,74). Além disso, na análise interina de sobrevida global, a quimioterapia com atezolizumabe mais pemetrexede demonstrou uma melhoria na sobrevida global de 4,5 meses em relação à quimioterapia baseada em pemetrexede isolado (HR 0,46; 95% IC: 0,22-0,96).

"Os resultados indicam que a adição de atezolizumabe à quimioterapia com carboplatina e pemetrexede oferece melhor eficácia clínica do que a carboplatina e o pemetrexede isolados", disse Papadimitrakopoulou. "Ao inibir a interação de PD-L1 com seus receptores PD-1 e B7.1, o atezolizumabe restaura a imunidade de células T tumorais específicas, oferecendo uma valiosa opção de tratamento que prolonga a sobrevida de pacientes com CPNPC não escamoso estádio IV", concluiu.