A imunoterapia só está começando e novos players se posicionam para disputar a liderança da Bristol-Myers Squibb e da Merck. Agora, é a Roche quem se anuncia, com a promessa do atezolizumab, além da francesa Sanofi, que acaba de anunciar a aliança de US$ 1,7 bilhão com a Regeneron Pharmaceuticals para o desenvolvimento de drogas que utilizam o sistema imunológico para combater o câncer.
A Bristol-Myers Squibb chegou na frente com o anti CTLA-4 ipilimumab e com o anti PD-1 nivolumab, que depois de demonstrar resultados excepcionais em melanoma metastático ampliou as indicações de uso. A Merck veio logo em seguida com o pembrolizumab, o primeiro agente anti PD-1 a obter o registro do FDA.
Agora, a Roche anuncia resultados encorajadores com o anticorpo atezolizumab no estudo de fase II em carcinoma urotelial de bexiga (IMvigor 210), e já alimenta planos de múltiplas indicações no futuro, com mais de onze ensaios em andamento.
No estudo IMvigor 210, 20% (9/46) dos pacientes que haviam progredido durante ou após à quimioterapia baseada em cisplatina alcançaram resposta completa, enquanto 57% dos pacientes com os maiores níveis de expressão de PD-L1 ainda permaneciam vivos um ano após o tratamento com atezolizumab. Os eventos adversos mais frequentemente observados foram fadiga, astenia e náuseas, afetando 16%, 13% e 11% dos pacientes, respectivamente.
IMvigor 210 é um estudo multicêntrico aberto de fase II, com braço único, que avaliou a eficácia e segurança de atezolizumab (MPDL3280A) em pacientes com carcinoma urotelial de bexiga localmente avançado ou metastático, neoplasia de mau prognóstico, que persiste com opções limitadas de tratamento.
A Sanofi também vai disputar a imunoterapia, agora em nova colaboração com a Regeneron Pharmaceuticals, uma biotech norte-americana sediada em Tarrytown , NY, que aposta alto na imuno-oncologia. “Há muito a ser explorado nesse domínio e muitas descobertas científicas a serem feitas”, sinalizou Leonard S. Schleifer, presidente-executivo da Regeneron.
As empresas devem se concentrar na pesquisa e desenvolvimento de anticorpos monoclonais, em especial os anti PD-1, e deve considerar também as chamadas terapias CAR-T, para tumores sólidos e hematológicos.
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