Os números são superlativos e refletem o que já se sabia: o aumento na quantidade de estudos clínicos com inibidores de checkpoint imune, em diferentes cenários de tratamento do câncer. Nada menos que 2250 estudos com anti PD1/PDL1 estavam em andamento no final de novembro, representando um aumento de 748 ensaios no último ano. Os dados são do relatório do Cancer Research Institute (CRI), publicado na Nature Reviews Drug Discovery.
De acordo com o Instituto, mais de 380 mil pacientes estão inscritos em estudos com anti PD1/PD-L1. A maior parte das pesquisas aposta em estratégias de combinação.
São 1716 estudos com esquemas combinados, envolvendo 240 alvos. "Em comparação com um ano atrás, vimos um aumento de 33% no número de estudos clínicos e de 31% em novos alvos testados em combinação, demonstrando entusiasmo no desenvolvimento clínico desses medicamentos", disse Jun Tang, primeiro autor do relatório do CRI.
Apesar do otimismo, um aspecto merece atenção: superar os desafios do recrutamento. A taxa de recrutamento caiu de 1,15 pacientes por site/mês em 2014 para 0,35 pacientes por site/mês em 2018. “O recrutamento diminuiu 70% em quatro anos”, observam os autores.
Referência: Tang J. et al. The clinical trial landscape for PD1/PDL1 immune checkpoint inhibitors. Nature Reviews Drug Discovery. 17, pages 854–855 (2018)